O Pedido

Sempre achei que a tradição é para cumprir, quando sentimos que a queremos tornar nossa. Por isso, sempre imaginei que o pedido de casamento tem de ser um momento inesperado, e de joelho no chão. Pois bem, não fugi ao plano e avancei com tudo.

Antes de mais, a busca pelo anel. Não havia orçamento para diamante, pelo que optei pelo zircónio, o parente mais pobre, mas igualmente bonito e duradouro. Não podendo ter uma pedra, fugi do anel com pedra no cimo, também por achar que a Carolina não gostaria, pois ela agradece a discrição. Optei pela meia memória, que significa que metade do anel está coberta por pedras de zircónio. Memória completa significa, precisamente, que todo o anel está coberta de zircónio. Também procurei salvaguardar eventuais descolamentos de pedras, ao procurar um anel que tivesse ouro a cobrir os dois lados da pedra, para que a pedra não estivesse sujeita a tanto desgaste e se soltasse mais depressa.

A opção recaiu, depois de alguma pesquisa, pela César's Jóias, no centro comercial do Continente de Telheiras, onde encontrei tanto a opção que mais gostava, como o preço mais agradável. O atendimento foi bom, e merece a referência.

Depois, o plano maquiavélico. Sabendo do gosto dela por barcos, decidi-me por fazer o pedido a bordo do veleiro da Lyn e do John, da Sunburstsailing, que nos levaram a passear num dia mágico. Combinei com eles que o pedido seria feito numa das baías, e eles prometeram estar atentos ao momento. Chegados lá, sugeri que fossemos tirar uma foto antes de mergulharmos, e a Lyn, percebendo, ofereceu-se para fotografar e lá fomos. Ao chegarmos, sugeri uma posição diferente, e lá me pus de joelhos. A emoção foi grande, e eu mal acertava com o dedo, mas tudo e compôs e ela disse sim (ou eu não estaria a escrever estas linhas... ;) ).

Acho que faz todo o sentido haver um pedido de casamento. É um momento único e irrepetível, e deve ser preparado da melhor forma possível, não deixado ao acaso de uma conversa de circunstância...

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